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terça-feira, 18 de junho de 2013

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... a memória continuava a dar voltas, trazendo lembranças 
que pareciam papéis voando num dia de vento norte.



|Limite Branco|



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Podia ter sido mais amoroso com meus amigos que se foram, 
e agora é tarde.



|Carta Carta a Jacqueline Cantore|



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terça-feira, 4 de junho de 2013

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Ai. Saudade é uma coisa azul e amarga, com carne por fora e espinho por dentro.



|Carta a Hilda Hilst|




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domingo, 28 de abril de 2013

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O domingo tá acabando - já é tarde - amanhã a gente começa de novo.
Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa.
Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo,
me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga.
Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação,
esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem.
Tenho regressões a estados antigos, às vezes, mas reajo,
procuro me manter ligado às coisas novas que descobri.



|Carta a Vera Antoun|



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terça-feira, 26 de março de 2013

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Tenho vontade de viver  só, ser  auto-suficiente, dispensar o auxílio de qualquer pessoa 
- e também vontade de conhecer todo mundo, ajudar, ser ajudado. Dividir.






|Limite Branco|







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domingo, 24 de março de 2013




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Lembro que Cazuza dizia sempre
'Fracassar é feio e triste. O bonito e o bom é vencer.'
Claro que fracasso e vitória são coisas muito, muito relativas.



|Carta a  Lucienne Samôr|



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terça-feira, 12 de março de 2013

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... você nem sabe como me dá uma vontade doida, doida de voltar. Mas não vou voltar.
Mais do que ninguém, você sabe perfeitamente que eu nunca mais posso voltar.



|Uma praizinha de areia bem clara, ali, na beira da Sanga|



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... não sei por que, a vontade de saltar continua. Mas eu resisto.



|Uma praizinha de areia bem clara, ali, na beira da Sanga|



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segunda-feira, 11 de março de 2013

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Sinto uma certa urgência. Isto é porque nos sentimos o tempo todo muito imortais.
Só no momento em que se passa por uma situação limite é que a gente se dá conta que a vida é breve. 
Aí você acorda: há coisas para fazer. 
Me lembro do Cazuza quando disse:
"Eu vi a cara da morte e ela estava viva".



|CAIO FERNANDO ABREU SÓ PENSA EM ESCREVER|

Caio concedeu ao Jornal da Tarde, de São Paulo, a entrevista com o título acima, 
conduzida pelo jornalista Wálmaro Paz e publicada em 11 de outubro de 1994.




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sexta-feira, 8 de março de 2013

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Quando a barra pesa, compro flores e ouço Mozart.



|Caio F. Abreu - Carta a Guilherme de Almeida Prado|




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