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sábado, 5 de março de 2011

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- Eu lembrei então de uns versos que você gostava de dizer, faz muito tempo.
Como eram mesmo aqueles versos que falavam em primaveras, em morrer, em nascer de novo?

Como eram, você lembra?

- Cecília Meireles, era Cecília Meireles, era um poema assim que eu dizia:
“Levai-me por onde quiserdes! aprendi com as primaveras a deixar-me cortar!
e a voltar sempre inteira”.

- Que bonito, que bonito. Como é mesmo?

- E recitaram juntos, como uma professora séria e um pouco velha e paciente e vagamente apaixonada por um aluno rebelde:

“Levai-me por onde quiserdes! aprendi com as primaveras a deixar-me cortar! e a voltar sempre inteira”.



(Caixinha de música)

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