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Paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado.
Isso porque ao contar a gente tem a tendência a, digamos, “embonitar” a coisa, e portanto distanciar-se dela,
apaixonando-se mais pelo supor-se apaixonado do que pelo objeto da paixão propriamente dito.
(A Cidade dos Entretons)
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