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O domingo tá acabando - já é tarde - amanhã a gente começa de novo.
Eu me sinto às vezes tão frágil, queria me debruçar em alguém, em alguma coisa.
Alguma segurança. Invento estorinhas para mim mesmo, o tempo todo,
me conformo, me dou força. Mas a sensação de estar sozinho não me larga.
Algumas paranóias, mas nada de grave. O que incomoda é esta fragilidade, essa aceitação,
esse contentar-se com quase nada. Estou todo sensível, as coisas me comovem.
Tenho regressões a estados antigos, às vezes, mas reajo,
procuro me manter ligado às coisas novas que descobri.
|Carta a Vera Antoun|
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