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Te espio que nunca me percebes assim,
te devassando como se através de cada fiapo, de cada
poro, pudesse chegar a esse mais de dentro que me escondes...
te devassando como se através de cada fiapo, de cada
poro, pudesse chegar a esse mais de dentro que me escondes...
percebo farpado que te escondes ainda mais, como se te contando a mim
negasse que deliberado a possibilidade de te descobrir atrás e além de
tudo que me dizes.
... e em tudo que me contas pensando, suponho, que é teu jeito de dar-se a mim.
(Caio F. Abreu - À beira do mar aberto)
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